segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

"Bioeletrografia" ou "Foto Kirlian"


Bioeletrografia ou Foto Kirlian


INTRODUÇÃO

Para melhor compreensão do fenômeno da bioletrografia ou foto kirlian, são necessários alguns conceitos, como o de Efeito Santelmo, o Efeito Corona e o efeito kirlian.
Efeito Santelmo é um fenômeno que surge espontaneamente na natureza, sempre que se produz uma ionização do ar. Produz um halo luminoso verde azulado, ao redor de locais pontiagudos e com algum afastamento do solo, como mastros de navios e campanários de igrejas (MILHOMENS, 1994).
Efeito Corona é um fenômeno de ionização do ar que surge ao redor de corpos submetidos à corrente alternada de alta voltagem e alta freqüência. Produz um halo luminoso. Tanto o Efeito Santelmo como o Efeito Corona são de natureza eletromagnética, conhecida das leis da física. Esses efeitos luminosos obedecem aos princípios de atração e repulsão de pólos e cargas de materiais (BEUTHE & CHANG, 1995).
Efeito Kirlian é um fenômeno eletromagnético com formação de um halo luminoso, apresentando modificações, perturbações ou distorções que se observam na estrutura, intensidade, amplitude e coloração das radiações emitidas (TRAMONTE,1987; MILHOMENS, 1994).

A bioeletrografia

Bioeletrografia (do grego bios = “vida” ou formas de vida + eletro =elétrons + graphy o estudo de fia do grego = impressão na foto)
A bioeletrografia é o estudo de um campo eletromagnético que reflete a organização da vida ou formas de vida. É uma técnica que permite fotografar as radiações luminosas emitidas por gases e/ou vapores exalados por uma amostra submetida a um campo elétrico intenso (ROBAINA, 1998).
Os átomos e moléculas de um gás podem ser ionizados, formando pares elétron-íon, pela absorção de energia de um campo elétrico, desde que a intensidade do campo seja suficientemente grande. Esses íons e elétrons que circundam os núcleos atômicos recebem energia por colisões e passam a ocupar níveis energéticos mais altos. Ao retornarem aos níveis energéticos originais (saltos quânticos), a energia que haviam recebido é devolvida ao meio em forma de luz também chamado de fóton (NICOLAU, et al. 2007). Essa luz emitida ilumina o ambiente e sensibiliza o filme, contido numa máquina bioeletrográfica.
Todas as células vivas emitem uma radiação cuja intensidade é extremamente fraca. Essa radiação é composta por biofótons, ou seja, fótons emitidos pelos organismos vivos. A emissão de biofótons fornece informação codificada sobre e para os processos que ocorrem dentro das células. Células do mesmo tipo, umas sadias e outras acometidas por câncer, por exemplo, têm padrões de emissão de biofótons notadamente diferentes. Os biofótons são espontaneamente emitidos por sistemas biológicos e são armazenados, em grande parte, dentro da dupla hélice das moléculas de DNA. (VANWIJK, 2001).
Segundo Burr, citado por VITHOULKAS (1980), todo sistema vivo possui campo elétrico, podendo-se demonstrar as suas funções básicas correlacionadas com o controle da morfogênese, do crescimento e desenvolvimento, degeneração e regeneração, servindo como matriz elétrica para manter a forma corpórea em sua configuração. Nos seres vivos, o campo eletromagnético é dinâmico e mutável, enquanto nos seres inanimados esse campo é estático e praticamente imutável (MILHOMENS, 1983).
De acordo com Margenau & Higgins, citados por VITHOULKAS (1980), os campos eletromagnéticos ou eletrodinâmicos podem ser indicadores de transformações química, metabólica ou molecular contínuas no sistema. Isso possibilita verificar a logomarca, ou seja, as características de um individuo, objeto ou substância em um determinado momento.

As cores e as formas que aparecem nas fotos permitem diagnosticar problemas de saúde orgânica ou psíquica, podendo contribuir na prevenção da disfunção (COUTINHO, 1990; BRAGA, 2006). A imagem bioeletrográfica é um recurso metodológico utilizado por médicos, psicólogos, terapeutas para um diagnóstico preventivo e comparativo do paciente antes e depois do tratamento a que foi submetido (TABLE,1995).
No Brasil algumas pesquisa foram realizadas em universidades, utilizando a bioeletrografia. ROBAINA (1998) avaliou o vigor germinativo de sementes de milho. Na bioeletrografia, a diferença está nas cores e na intensidade das radiações como pode ser visto em sementes de milho vivas (Fig.1) e mortas por alta temperatura (Fig. 2).


Figura 1 – Bioletrografia---------- Figura 2 – Bioletrografia de
de semente de milho viva---------- semente de milho morta




FRANÇA (2002) acompanhou o ensino e aprendizagem de alunos pré-escolares. Fotografou também folhas vivas e folhas mortas de plantas, onde verificou a presença de radiações luminosas na folha viva e o desaparecimento gradativo delas na folha morta, pela perda de sua vitalidade. Em fotos envolvendo a morte de uma lagarta submetida a produtos químicos, observou uma diminuição das radiações emitidas até mostrar apenas a configuração física de seu corpo.
Outros experimentos realizados com crianças e adolescentes com conflitos emocionais foram relatados por BRAGA (2006). COUTINHO (1990) observou que fotos de atletas após forte treinamento físico aumentavam a cor vermelha nas fotos bioeletrográficas, associando a motricidade a essa cor. VAINSHELBOIM e MOMOH (2005) com a bioeletrografia verificaram diferenças de origens geográficas entre gemas de estrutura cristalina em pedras com 5 mm de diâmetro. ANDRADE (2000, 2004), verificou com a bioeletrografia o efeito da homeopatia em plantas e solo.

História da Bioeletrografia
O uso de imagens eletrográficas foi contatado no século VIII e IX. O físico George Chistopher Lichtemberg em 1777, observava os efeitos da eletricidade estática em fotos com pó fino, chamadas de "efluviografias". Nicola Tesla em 1880 foi o inventor da bobina tesla. Em 1900, Yakov Narkevich-Todka, mostrou suas fotos elétricas e Strang de Tufos, da Universidade Medical School, fez fotografias elétricas com suas mãos com a bobina tesla (KOROTKOV & OSORIO, 2006).
Padre Roberto Landell de Moura foi o primeiro a construir uma câmara eletrofotográfica (KOROTKOV & OSORIO, 2006), hoje chamada de máquina bioeletrográfica. Ele também fotografou as radiações de dedos humanos em Porto Alegre, em 1906. Segundo ele, as fotos revelam uma força física, inteligente, imaterial e incorpórea, capaz de refletir fenômenos da vida orgânica. Tais radiações ele as denominava de perianto, por serem invisíveis e envolverem o corpo humano (ABATTE, 2004; RODRIGUES, 2004).
Semyon e Valentina Kirlian (Krasnodar, Rússia, 1939) fotografaram o campo eletrodinâmico de seres animados e inanimados. As fotos refletiam o estado de corpos físicos. (MILHOMENS, 1983).
As pesquisas realizadas por Landell de Moura não foram publicadas e as de Kirlian só foram divulgadas no final dos anos 50, num Diário Russo de Fotografia Científica (OSTRANDER & SCHROEDER, 1970; MOSSO, 1979).
Para quem interessar ler sobre o assunto pode encontrar

SPONCHIADO, Margarete; SCHWARZBOLD, Albano. Bioeletrografia uma técnica de avaliação qualitativa da água. Revista Internacional RecreArte Aplicada Total nº10 – VII - Creatividad para la Vida: Salud y Calidad, jul 2009 - IACAT (Instituto de Criatividade Aplicada Total) – ISSN 1699-1834 Espanha on line http://www.revistarecrearte.net/spip.php?article206

SPONCHIADO, Margarete; SCHWARZBOLD, Albano. Bioeletrografia: uma técnica para visualizar as radiações da água de diferentes ambientes. Revista Científica Radiestesia Internacional, ISSN 0717 5574 Santiago, Chile, 2009, 9 (36-52). Pedidos pela Livraria Cultura

SPONCHIADO, Margarete ,Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Saiba onde pode encontrar este serviço


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